Março Amarelo: 5 Verdades sobre a Endometriose

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 190 milhões de mulheres sofrem com endometriose no mundo. Em nosso país, isso afeta a vida de 7 milhões de brasileiras, principalmente na fase reprodutiva. Por ser difícil de diagnosticar, a doença pode afetar a vida feminina, ocorrendo o quadro de infertilidade em 40% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde.

Silenciosa e dolorosa, a endometriose pode causar sérias dificuldades na vida de uma mulher, se não diagnosticada e tratada. A endometriose é uma doença complicada que afeta cerca de 10% das pessoas com útero e em idade fértil. O endométrio é o tecido que envolve a parte interna do útero que o deixa preparado para receber a gestação quando há a fecundação. Quando não há a fecundação do óvulo durante o período fértil da mulher, não ocorre a gravidez. Desta maneira, o corpo elimina, pela menstruação, esse endométrio que estava preparado e aumentado de tamanho para receber o embrião.

Quando essa descamação ocorre de maneira errada, o tecido pode subir ao invés de descer e se alojar perto das trompas, útero e ovários, causando inúmeros problemas para as mulheres como fortes cólicas no período menstrual, dores durante a relação sexual e dificuldade para engravidar. Veja abaixo as 5 verdades sobre a doença:

1. A endometriose não tem cura?

A endometriose é uma doença crônica, ou seja, vai persistir por toda a vida da mulher. A doença compromete o sistema reprodutor feminino, no entanto, pode ser controlada por diferentes tratamentos.

Por isso, é fundamental que a mulher mantenha as suas consultas regulares ao médico, relate todos os sintomas e siga as orientações recomendadas. Dessa forma, é possível ter uma qualidade de vida melhor e longe dos desconfortos causados pela doença.

2. A endometriose causa dor?

Normalmente a endometriose tem como sintomas a dor pélvica, principalmente nos casos mais severos da doença, em que a paciente sente dor à palpação. No entanto, nem sempre ela causa dor.

 

3. O uso prolongado de anticoncepcionais pode “mascarar” a doença?

Quando contínuo, o uso de pílula anticoncepcional pode encobrir a existência da endometriose. Afinal, anticoncepcionais muitas vezes são indicados como tratamento e controle dos sintomas.

 

4. A endometriose pode afetar diversos órgãos?

Apesar de a endometriose não ser um tipo de doença que se espalha, ela pode afetar diversos órgãos. É observada com mais freqüência na cavidade pélvica, no entanto, pode se desenvolver em outros órgãos que estão localizados nas cavidades abdominais e torácicos.

Vale ressaltar que existem diversos tipos de endometriose e eles são classificados de acordo com a localização das lesões, assim como o grau de comprometimento dos órgãos e a sua profundidade.

 

5. A endometriose é uma doença genética?

Se a mãe ou a irmã de uma mulher possui a doença, ela tem o risco de desenvolver a doença. ⠀⠀⠀⠀⠀

Dr. Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra – autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição. Dr. Domingos Mantelli tem pós-graduação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica, e em Medicina Legal e Perícias Médicas.

Site: http://domingosmantelli.com.br

Instagram: @domingosmantelli

 

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