64% das mulheres negras na liderança são hiperqualificadas, revela pesquisa da Hrtech 99jobs

A pesquisa realizada de forma on-line, colheu respostas de 116 mulheres negras em cargos de coordenação, supervisão, gerente, diretoria e C-level e mostrou que mesmo com alta qualificação, mulheres negras no topo estão, em sua maioria, isoladas nessa liderança (58%) e 70% delas têm um líder que é homem e branco, mas 50% das mulheres se sentiram mais à vontade quando tiveram lideranças femininas.

Os dados revelam ainda que, para 95% das mulheres entrevistadas, a representatividade em cargos de liderança é um diferencial para inspirar outras mulheres.

A pesquisa é mais um dado que caracteriza a realidade das mulheres negras na liderança.

Para Eduardo Migliano, CEO da 99jobs, a pesquisa mostra que o trabalho para aumentar a diversidade nas corporações também passa pelo compromisso das lideranças em conseguirem preencher vagas com profissionais negras.  “ Aqui na 99jobs, começamos como uma startup formada em sua maioria por pessoas brancas, o forte compromisso em aumentar a diversidade e ter empresas que representam os brasileiros fez com que criássemos ferramentas que auxiliam empresas na contratação de pessoas mais diversas, sejam as vagas afirmativas ou não. Como foi o caso dos processos seletivos do Magazine Luiza”.

Para ampliar o número de mulheres qualificadas em vagas de liderança, um grupo de C-Levels criou o Conselheria 101, programa sem fins lucrativos, que tem por objetivo ampliar o conhecimento de lideranças femininas negras nos temas relacionados ao papel de conselheira, responsabilidades, formação, desafios, assim como incentivar o networking das participantes dentro da comunidade de conselheiros e empresas.

Para Vânia Neves, uma das mulheres que participaram do programa e que assumiu uma cadeira no conselho do Grupo Carrefour, a iniciativa foi uma união de mulheres que alterou o curso de sua carreira.

“O Conselheira101 foi um divisor de águas para minha preparação como conselheira. Estar no C101 com outras executivas negras foi um orgulho, pela importância da nossa representatividade. Receber conteúdo e direcionamento de conselheiros experientes me deu confiança para seguir me preparando até chegar à cadeira de conselho de administração. Minha gratidão às fundadoras do C101.”, explica a executiva, Vânia Neves.

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