Ainda pouco conhecido no Brasil, o Mommy Makeover tem se popularizado nos Estados Unidos como uma alternativa para recuperar a autoestima e a autoconfiança da mulher após a gestação. Inclui procedimentos como mamoplastia de aumento; mastopexia com ou sem próteses (suspensão das mamas); mamoplastia redutora; abdominoplastia; correção da diástase por robô, lipoescultura e plástica íntima.
O programa objetiva, por meio de uma série de acompanhamentos e procedimentos, melhorar o contorno corporal e a restauração das mamas após o parto, uma vez que as mudanças no corpo das mulheres são contundentes durante a gestação. “Estas alterações podem gerar, para algumas mulheres, graus variados de insatisfação no período pós-parto, tanto em relação à parte física como também emocional”, comenta o cirurgião-plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Dr. Laércio Guerra.
Visto que a depressão pós-parto é um sério problema que atinge até 25% das mães no Brasil segundo estudo da Fiocruz, ou seja uma a cada quatro mães de recém-nascidos são diagnosticadas com a doença, “a equipe multidisciplinar disponibiliza profissionais de diversas áreas da saúde como: cirurgião plástico, nutricionista, dermatologista, fisioterapeuta, enfermeira e esteticista, que acompanham a paciente do começo ao fim do programa”, acrescenta o médico.
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Entre os procedimentos, o Mommy Makeover inclui: mamoplastia de aumento (próteses de mamas); mastopexia com ou sem próteses (suspensão das mamas); mamoplastia redutora (redução das mamas), abdominoplastia (correção de diástase e excesso de pele em abdome), correção da diástase por robô e lipoescultura (lipoaspiração associada à enxertia de gordura em áreas pré-determinadas) e plástica íntima.
De acordo com o cirurgião-plástico, este programa de “remodelagem” foi pensado exclusivamente na satisfação, bem-estar e qualidade de vida das mamães. “Uma das principais queixas das mulheres, no pós- parto, é a mudança do corpo. Existem casos de depressão pela baixa autoestima. O que deveria ser um período mágico acaba se tornando um tormento para muitas mães. O objetivo de um tratamento como esse deve ser, de forma individualizada, encontrar a melhor opção para aquela determinada paciente e oferecer um cuidado que vai além da cirurgia plástica”, frisa o médico, que lidera o programa que apelidou de Aurora By Evive.
A novidade no Brasil é que o programa Aurora By Evive conta com uma equipe de profissionais distruídos em trilha de cuidado e atende as mães interessadas também
à distância, por telemedicina, e analisa minuciosamente, caso a caso, por uma plataforma 3D, antes mesmo da consulta com o cirurgião plástico (estas avaliações podem ser agendadas no site: https://aurora.evive.com.br).
Entretanto, o Mommy Makeover não pode ser realizado nas mães que estejam amamentando, “este programa é prejudicial para quem amamenta, isto é, a indicação é aguardar de quatro a seis meses depois da amamentação para se pensar nesses tratamentos”, finaliza o médico.
Números no país:
O Brasil é o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo. De acordo com levantamento recente divulgado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), organização global que congrega cirurgiões estéticos de 110 nações, em 2019 o país respondeu por 13,1% do total de procedimentos, seguido dos Estados Unidos, com 11,9%.
Este é o segundo ano consecutivo em que a avaliação do ISAPS destaca a liderança brasileira. Não fosse a pandemia de Covid-19, manteríamos esta performance ascendente também em 2020. Já no início de 2021, no entanto, os sinais de recuperação são perceptíveis, com um aumento de quase 50% na procura por procedimentos estéticos, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O ISAPS aponta que o número de cirurgias plásticas realizadas no mundo é 7,4% superior ao de 2018 (5,6%). Em 2019, foram feitos 11.363.569 procedimentos, sendo 1.493.673 no Brasil.