Uma pesquisa inédita feita pela Sexlog a pedido do TudoMulher mostra que a maioria das brasileiras começou a consumir pornografia entre os 13 e 17 anos.
Com mais acesso a este material, as gerações mais novas começaram mais cedo a ver vídeos e fotos e também possuem mais frequência em consumirem este conteúdo.
Divididas por gerações, a geração Z (18 a 25 anos) são as que passam mais tempo consumindo este material. Cerca de 50% delas fazem uso diariamente. Entre as mulheres com mais de 56 anos, esse número cai para 35,2%.
Em entrevista ao Tudo Mulher, o Dr. Danilo Galante, urologista e sexólogo, comentou a pesquisa dizendo que é preciso tomar cuidado para que o hábito de consumir este material não se torne um vício.
“O vício é quando a pessoa tem necessidade incontrolável. Como em qualquer situação que o excesso é ruim, as pessoas que assistem pornografia precisam dar um limite”, diz.
Quanto ao primeiro contato com este tipo de material, as mais novas e as mais velhas possuem quase o mesmo tempo: geração Z 56% teve acesso entre 13 e 17 anos, geração Y 50%, geração X 45,5% e baby boomers 54,9%.
Frequência e iniciação divididas por gerações
A pesquisa foi realizada no final de junho de 2021 com mais de 2.367 mulheres que acessam ao Sexlog, uma rede social exclusiva para pessoas à procura de relações sexuais.
Cuidado com o material nas mãos de crianças
Um dado alarmante é que na geração Z, 22% tiveram contato com este material com menos de 13 anos. O que ascende um alerta em relação a abusos sexuais e vários riscos comportamentais que estas pessoas podem desenvolver no futuro.
“A sexualidade faz parte do ser humano desde muito cedo, ao longo da vida vamos desenvolvendo e amadurecendo isso. Mas essas fases, quando não respeitadas, podem gerar alterações psicológicas”.
Estimular precocemente uma criança pode gerar problemas futuros como rejeição ao sexo, entre outros distúrbios sexuais. “Elas não estão maduras para receber este tipo de informação”, diz o médico.
A Sexlog mantém um sistema de segurança reforçado para impedir que menores de 18 anos tenham acesso à sua plataforma, onde utiliza inteligência artificial para identificar rostos e fotos da internet. No entanto, a vigilância da própria comunidade é uma grande aliada, pois as denúncias são parte fundamental da comunidade, que não tolera o uso indevido de imagens ou a presença de menores e há botões de denúncia em todo o site.
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Mais acesso, mais liberdade
As diferenças entre gerações (que você acompanha nos gráficos) tem total ligação com a época que cada mulher cresceu.
As mais novas, por exemplo, possuem acesso ao conteúdo adulto que as baby boomers não tiveram. “É mais fácil para uma mulher entrar na internet, se comparado a 20 anos atrás, a mulher interessada tinha que ir até uma banca comprar uma revistinha pornô”, lembra o médico.
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Quando é hora de procurar ajuda?
Se o consumo de vídeos está prejudicando sua rotina, é hora de repensar o quanto a pornografia está afetando sua vida e procurar ajuda.
O vídeo em sexo se chama ninfomania e o você precisa de um psicólogo para te ajudar a vencer este problema. “Terapia é fundamenta para tratar esse tipo de coisa”, diz o Dr. Danilo Galante.