2022 já está batendo na porta e, apesar do desemprego crescente no país, na virada do ano muitos profissionais saem à cata de novas oportunidades de emprego. Porém, a disputa está cada vez mais acirrada pela quantidade de candidatos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com 13,4 milhões de desempregados atualmente. No entanto, como fazer para se destacar numa entrevista de uma possível vaga?
De acordo com o Catho, portal de classificados de empregos, muitos motivos levam ao empregador a descartar currículos, entre eles, erros de português, falta de experiência, ausência de objetivos, apresentação visual, entre outros.
Luiza Castanho, mentora em empreendedorismo e especialista em gestão de pessoas, compartilha cinco dicas essenciais para quem vai se candidatar à tão sonhada vaga em 2022. São eles:
1- A primeira escolha deve ser sua. Antes de mais nada, a escolha tem que ser sua para ter chances reais de garantir o emprego. Ou seja, mostre determinação e convicção para a possibilidade de vaga. Importante ficar claro que sua vontade é maior do que a necessidade. E, claro, que conhecimento sobre a empresa e o seu mercado de atuação é muito importante;
2- Trabalho não é tudo igual, mesmo que as funções sejam parecidas. Você é especialista em um determinado tipo de função, mas isso não é o suficiente para conquistar a vaga desejada, ainda que a função tenha semelhança com suas habilidades. Ter conhecimento sobre a empresa vai te deixar mais seguro;
3- Seu visual interessa, sim. Não importa o trabalho que você realizará, e tampouco se usará uniforme. Na entrevista de trabalho é importante estar bem apresentável, respeitando o bom senso. Higiene e um figurino adequado, sem exageros, costumam ganhar pontos. Não é necessário se vestir como se fosse a um baile de gala, mas também não dá para aparecer na seleção de trabalho de bermuda e chinelo, mesmo sabendo que você atuará como salva-vidas à beira de uma piscina. “Descobrir como será seu traje é importante. Se você não suporta usar terno, por exemplo, e existe esta necessidade, o emprego pode virar tortura ou terá que se adaptar à roupa de trabalho. Isso parece bobagem, mas se sentir confortável na própria pele faz você produzir melhor”, salienta a especialista;
4- Suas habilidades e entrega valem mais que a experiência. Você é hábil e tem prazer em realizar um determinado trabalho. Mas, já vivenciou voos mais altos, ainda que não tenham a ver com aquilo que você gosta de fazer. Aceitar ou não? “Se você tiver que dar um passo atrás, assumindo uma função inferior àquela que exercia na empresa anterior, pensando antes de tudo naquilo que gosta e faz bem, é muito melhor para o seu crescimento no novo trabalho. Afinal, geralmente é o prazer no trabalho que nos leva ao sucesso”, diz Luiza;
5- Não seja afoito na hora de mostrar seu valor. Tudo tem um tempo de maturação. Assim, antes mesmo de querer mostrar resultado, tente entender melhor seu trabalho, supondo que você conseguiu a vaga. A ideia inicial é que você mergulhe na nova empresa e compreenda o seu papel nela, sua cultura, e o que seu chefe deseja, sem querer bancar o “fora da curva”. E, nesse processo, é preciso se despir de crenças e valores antigos. Afinal, o que valia na sua empresa antiga, pode não valer na que você trabalha agora. “No primeiro ano, geralmente você deve conhecer profundamente as suas responsabilidades e todo o processo relacionado à sua função, sem deixar de entregar o mínimo que se espera. No segundo ano, é louvável ir além do que esperam de você. Já no terceiro ano, você deve ter capacidade de entregar resultados contínuos e acima da média, além de ajudar a desenvolver e treinar pessoas. A partir daí você adquiriu o seu auge na função.”, conclui a mentora.
Luiza Castanho
Formada em administração de empresas pela Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro (RJ), com pós-graduação em gestão de pessoas e financeira pela Universidade Católica de Brasília (UCB), do Distrito Federal. Presta mentoria nas áreas de marketing, gestão de talentos, desenvolvimento de carreira, vendas e posicionamento de mercado, principalmente para o segmento fitness, no país e no exterior. É, ainda, diretora da academia Les Cinq Gym (SP), referência no mercado de luxo, e CEO da rede de academias CrossFit Black House.