No último sábado (14) uma gestante faleceu no banheiro do Hospital Público Santo Antônio, na zona leste de São Paulo, após os médicos se negarem a fazer uma cesariana.
A vítima, que já tinha passado das 40 semanas de gravidez, faria o parto na última quarta-feira (11), quando deu entrada no hospital. Porém, durante o trabalho de parto, a mulher passou mal.
Por muitas vezes ela solicitou uma cesárea, mas a equipe médica se negou a realizar o procedimento dizendo que era preciso esperar pelo bebê de forma natural.
As enfermeiras pediram para que ela tomasse um banho e grávida faleceu no banheiro. Após a morte da mãe, os médicos fizeram uma cesariana às pressas para a retirada do bebê que foi encaminhado para UTI neonatal, onde passa bem.
Lei permite cesariana após 39ª semana
O Estado de São Paulo conta com uma lei já sancionada pelo governador que garante a opção de cesária pela gestante após a 39ª semana para pacientes do Sistema Único de Saúde.
O Projeto de Lei é de iniciativa da deputada Janaína Paschoal (PSL) que defendeu as mulheres mais pobres que não podem pagar pela cesariana na rede privada.
Ao comentar o caso, Janaina Paschoal pediu ao secretário de Saúde, José Henrique Germann Ferreira, que garanta a lei. “O Secretário da Saúde precisa se manifestar sobre esse caso e todos os demais! Na medida em que assinou Resolução, restringindo a lei que confere poder à mulher, ele é responsável pelos resultados adversos das negativas aos pleitos de cesariana”, declarou.